Elaborar um plano de carreira bem estruturado possibilita apoiar o desenvolvimento dos colaboradores e atingir os objetivos do negócio. Para saber mais, continue lendo nosso artigo.
Saber de que forma podemos elaborar um plano de carreira para os empregados é de extrema importância para as empresas. Afinal, isso possibilita atingir os objetivos corporativos e direcionar o crescimento profissional dos colaboradores, tornando-os mais engajados e comprometidos com a organização.
Porém, estruturar um bom plano de carreira pode ser um desafio, já que este deve contemplar as expectativas do funcionário e as necessidades do negócio.
Pensando nisso, entrevistamos Melissa Vogel, que possui ampla bagagem profissional e experiência nesse assunto.
Confira seu minicurrículo:
- Melissa é CEO da Kantar Ibope Media no Brasil e atual presidente do IAB Brasil. Formada em Rádio e TV pela USP, pós-graduada em Administração pela FGV e em Comunicação de Mercado pela ESPM, onde também lecionou Inteligência de Mercado, participou do Advanced Program da IESE Business School Barcelona.
Possui 25 anos de experiência em pesquisa e inteligência de mídia. Ocupou posições de liderança em diferentes áreas da Kantar, no Brasil e na América Latina. É conselheira consultiva do Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária — Conar, e da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa — Abep.
Confira, a seguir, os tópicos a serem abordados neste texto:
- O que é um plano de carreira?
- Por que as empresas devem investir em um plano de carreira para seus colaboradores?
- Como estruturar um plano de carreira?
- Qual é a relação entre o RH e o desenvolvimento de planos de carreira dentro das empresas?
- Conclusão
Boa leitura!
O que é um plano de carreira?
Questionada sobre o que é um plano de carreira, Melissa faz um paralelo com a preparação para uma longa caminhada numa trilha.
De acordo com ela, além de saber onde queremos chegar, temos que estudar minimamente os caminhos a percorrer, sobre os terrenos e eventuais obstáculos, contar na maioria das vezes com apoio de alguém que conhece a trilha ou com o mapa de navegação, usar os melhores e adequados instrumentos, como os sapatos, cordas e outros equipamentos.
“E nada disso acontece se não reconhecemos quais são as nossas condições físicas e como melhor nos adaptamos a subidas, descidas, escaladas e longas distâncias. Assim, treinamos e nos preparamos para tal. E isso valerá para o conjunto de todas as etapas e outras diferentes trilhas que faremos na vida. Para cada uma delas você pode aumentar o grau de dificuldade e duração, mas você também estará mais bem preparado”.
Melissa destaca que, em um plano de carreira, cada pessoa precisa identificar seus desejos, objetivos e metas para sua trajetória profissional. “A partir do conhecimento de suas motivações, valores pessoais e habilidades, é possível desenhar as estratégias e planos para seu desenvolvimento e crescimento em busca desses objetivos”, acrescenta.
Ela revela ainda que a preparação é muito importante e deve contar com processo continuado de aprendizado e desenvolvimento, como cursos acadêmicos ou não, certificações, troca com pares, processos de coaching, mentoria, experiências em diferentes áreas e posições, entre outros.
“Não podemos esquecer também que em um ambiente de rápidas transformações, as pessoas devem olhar para seu plano de carreira como algo dinâmico e nunca estático. Entendendo que essa longa caminhada é composta por vários trechos. Objetivos e motivações podem se adaptar e até mudar. Novos contextos, levam sempre a necessidade de novas habilidades e conhecimentos, por exemplo”, complementa.
Melissa adverte que planos de carreira são individuais e de responsabilidade de cada um. “Mas as empresas podem e devem desempenhar um papel importante nesse processo por meio da orientação, treinamento e oferta de oportunidades de desenvolvimento e crescimento para colaboradores”.
Por que as empresas devem investir em um plano de carreira para seus colaboradores?
Conforme explicação de Melissa, quando empresas investem no plano de carreira de seus colaboradores, elas estão contribuindo não só para o desenvolvimento dos indivíduos e impactando a sociedade, mas também investindo no crescimento de seu próprio negócio.
“Colaboradores com objetivos de carreiras atendidos e que percebem desenvolvimento nos diferentes âmbitos, se sentem mais engajados e motivados em seu trabalho. Naturalmente a sua entrega vem atrelada a mais produtividade e colaboração”, enfatiza.
Ela ressalta que nesse processo de apoio à sua carreira, o colaborador entende com mais clareza como pode progredir e como isso o levará a alcançar os seus objetivos individuais e os da empresa, colocando direcionamento e propósito para seu trabalho.
“Além disso, ao desenvolver habilidades dos colaboradores, a empresa está também se desenvolvendo de maneira coletiva, impactando na qualidade de todas as entregas, criação, inovação e busca de mais resultados”, frisa.
Melissa resume um processo bem estruturado de desenvolvimento de pessoas e suas carreiras como um grande aliado para a empresa. “Isso permite reter talentos e construir planos de sucessão de liderança”.
Como estruturar um plano de carreira?
Para Melissa, estruturar um plano de carreira envolve entender claramente os objetivos de negócio, as necessidades da empresa em relação aos seus colaboradores e como as motivações e habilidades individuais se enquadram nesses propósitos.
“Por meio de um processo de autoavaliação conjunta e de duas vias, pode-se entender as competências e habilidades requeridas para o sucesso da organização e, ao mesmo tempo, aquelas existentes em cada um dos indivíduos, assim como as suas motivações”.
Ela destaca que, a partir daí, nascem os planos de desenvolvimentos individuais que considerarão os caminhos, recursos necessários e ações para alcance dos objetivos e metas — organizacionais, de negócio e de cada profissional.
“É fundamental que essas metas sejam claras e mensuráveis, mas que também, no processo de gestão de performance, exista um ambiente de confiança e transparência para feedbacks construtivos e transformadores”, orienta.
Quanto aos planos de desenvolvimento, ela ressalta que existem inúmeras possibilidades, sendo aconselhável utilizar o modelo de aprendizagem 70/20/10, que funciona da seguinte maneira: 70% acontece pelo cotidiano, de experiências próprias, na prática; 20% pela troca, observação e exemplo; e 10% pelo aprendizado formal.
“Assim, precisa haver um plano claro de atividades e entregas do dia a dia e a médio e longo prazo. Criação de objetivos comuns e projetos com grupos multidisciplinares funcionam muito bem, além, claro, do aprendizado formal, como cursos, treinamentos e suporte/subsídio para cursos universitários”, expõe.
Qual é a relação entre o RH e o desenvolvimento de planos de carreira dentro das empresas?
Os líderes das empresas são protagonistas na gestão das pessoas e no apoio do desenvolvimento individual de suas carreiras. É o que afirma Melissa Vogel.
Ainda de acordo com ela, a área de Recursos Humanos tem o fundamental papel de facilitar essa ação.
“Além de criar junto com a liderança essa estratégia, o setor também traz respaldo e arcabouço técnico para tal, e formaliza e implementa todos os processos de planos de carreira dentro das empresas”.
Conclusão
Neste artigo, mostramos de que forma podemos elaborar um plano de carreira para um colaborador, atendendo às suas expectativas e às necessidades da empresa. Se você gostou deste conteúdo, compartilhe com alguém que se interesse pelo tema.
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